quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Parque Nacional Altos da Mantiqueira


Tomei conhecimento que estou correndo o grande risco de perder minha fazenda para o Governo Federal que através do Instituto Chico Mendes decidiu criar o “Parque Nacional Altos da Mantiqueira” que abrangerá parte dos municípios de Sto. Antonio, C. Jordão, Pinda, Guará, Piquete, Cruzeiro, Lavrinhas e Queluz, e alguns outros dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A Fazenda Renópolis da qual eu e minhas 2 irmãs somos proprietárias está em nossa família há quase 100 anos. Maior do que seu valor financeiro é o amor que temos por aquelas terras; nosso sangue, nosso suor e nossa dedicação constante para a preservação da fauna e flora estão entranhadas em cada árvore e cada ser vivo ali existente. A pedreira de granito que embeleza nossa mata, poderia ter sido há anos explorada e dinamitada, se meu pai, tivesse se preocupado em ficar milionário, mas seu amor pelas terras e o desejo de preserva-la, sempre nos foi maior que qualquer lucro financeiro que pudéssemos ter. Estamos recuperando áreas que antes eram pastagens, visando o aumento da mata.

O grande sonho que possuo, bem como o de minha irmã é de transformarmos a fazenda em uma RPPN e criar um centro de recuperação e reintegração de animais silvestres, visto que a própria polícia florestal tem solicitado nossa ajuda neste sentido, infelizmente, por falta de recursos financeiros, ainda não podemos colocar em prática nosso sonho.

Agora vejam vocês, meus amigos, que cruel é o destino! ESTAMOS SENDO PUNIDOS POR PRESERVAR NOSSAS TERRAS!!!!

Por que o governo não toma as terras de pessoas que estão destruindo, degradando a natureza e não as recuperam????? Pois é muito mais fácil, pegar de quem a vem preservando há anos!

Entendo que o correto seria termos ajuda do governo para continuarmos preservando, não vejo problema inclusive, num monitoramento das terras, para que as mesmas continuem sendo preservadas, talvez até, apoio de grandes empresas preocupadas com a preservação do meio ambiente, mas para isso, não é necessário, nos tirar de nossas terras, como se fossemos criminosos.

Peço encarecidamente ajuda de todos, que repassem este e-mail, para que possamos juntos encontrar uma saída, precisamos de sugestões, advogados e políticos,ONG´s que abracem nossa causa, para que eu e tantas outras pessoas que amam e preservam suas terras não sejam punidos por preserva-las.
Débora Murgel

11 comentários:

  1. Meu nome é Márcio, tenho 31 anos, e passei minha vida morando com meus pais num sítio que é da minha família há oitenta anos, sou a quarta geração que vive neste sítio desde que meus bisavós vieram do Japão. Foi uma conquista muito árdua e sofrida, mas eles conseguiram prosperar e ter um pedaço de terra que tiveram muito orgulho de dizer que eram deles, hoje estou herdando este sítio. Quem teve que batalhar para poder comprar um bem, sabe o que é isso, e essa história é parecida com muitas outras.

    Mas o que me levou a escrever, foi a notícia da criação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira, pois centenas de famílias vão ter suas terras desapropriadas para a criação desse parque!!!

    Deixo claro que não sou contra a criação desse parque, mas sim da forma com que ele está sendo criado, não houve consulta a seus proprietários e nem sequer querem ouvir suas opiniões!!! Isso me faz lembar de dois fatos históricos: a ESCRAVIDÃO e a DITADURA pois em ambos não podiam opinar e só acatavam as decisões. Em que País vivemos, que se diz democrático, mas que age dessa forma, que tem como slogan: “ Brasil, um País de todos”, mas que não ouvem pessoas que lutaram para ter um pedaço de terra e viver com dignidade, que paga seus impostos e que acredita num futuro melhor, mas e agora?! Que futuro podem ter essas famílias??? E o porque dessa imposição ao invés de um diálogo e um acordo???

    Fala-se em indenização aos desapropriados, mas não foram cumpridos as indenizações devidas no caso da construção da Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, que liga a Via Dutra a cidade de Campos do Jordão, e isso já faz mais de trinta anos!!! Sem falar em outros casos em que não houve o pagamento devido. Como essas pessoas poderão viver???

    Hoje são essas famílias, mas depois poderei ser eu ou você, independente de onde moramos. Sou a favor da preservação do meio ambiente, mas de forma sensata e coerente, sem prejudicar o sustento dessas famílias.

    Márcio Yamada

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  2. Foi publicado no camposdojordao.com:
    Proposta do Parque Nacional Altos da Mantiqueira gera tumulto.Bate-boca já na rimeira reunião.Uma atmosfera de confronto marcou a Audiência Pública realizada segunda-feira à noite, dia 6, em Pindamonhangaba.O encontro deveria colher propostas para a formatação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira,que está sendo gestado pelo governo Federal e se estenderá por 14 cidades de SP,MG e RJ. Os dois técnicos do Instituto Chico Mendes destacados para explicar o projeto enfrentaram protestos dos prefeitos,dos proprietários de terras e ainda ouviram vaias e os gritos de ordem num auditório lotado,com cerca de 450 pessoas,dentre as quais os donos de barraquinhas no Pico do Itapeva,que precisarão deixar o local até agosto de 2010.Frente ao clima tenso,no meio da reunião, alguns PMs ficaram de prontidão nos fundos do auditório.Os prefeitos de Campos do Jordão, Pindamonhangaba,Delfim Moreira,Cachoeira Paulista e Guaratinguetá presentes ao encontro,acusaram o Governo Federal de não fornecer as informações estratégicas referentes à criação do Parque,inclusive do traçado exato da reserva ambiental,e desconsiderar os impactos do êxodo rural.O prefeito de Guaratinguetá,Antonio Fernandes Júnior,deu o tom do encontro:afirmou que estava inconformado com o fato de uma força tarefa ter se reunido“apenas meia dúzia de vezes”para formatar a Reserva.“Não sou contra ou a favor,apenas quero externar minha indignação por não ter sido consultado e pela forma como este processo está sendo conduzido.Estão querendo nos empurrar esse Parque goela abaixo”,afirmou.Já o prefeito de Delfim Moreira (MG),Carlos Ribeiro,disse que só ficou sabendo da criação do Parque em outubro através do e-mail do Jornal TodoDia.Ele acrescentou que não sabia o que fazer com 350 famílias que perderiam suas terras.“Do que essas pessoas vão viver? De cestas básicas do governo?”Nossa prefeita,Dra.Ana Cristina César,cobrou mais informações sobre a Reserva e destacou que a proteção de um Parque é um desafio que começa na escassez de guardas florestais.O prefeito de Cachoeira Paulista seguiu pela mesma via e ressaltou o caso emblemático da Serra da Bocaina,onde palmiteiros constumam invadir a reserva ambiental sem qualquer resistência.De carona nesses argumentos,donos de empreendimentos afetados pelo Parque aproveitaram para dizer que o meio ambiente é mais bem preservado nas mãos de quem produz e cuida,do que nas mãos do Governo.Após o bombardeio dos prefeitos,os técnicos ainda tentaram explicar como surgiu o projeto.Ao relembrar os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil de criar novos Parques, houve uma saraivada de vaias.Um dos técnicos ainda insistiu em dizer que uma equipe tinha ido a campo colher informações que subsidiaram o projeto. Nova manifestação:“Mentira,Mentira”,bradou o auditório.E o técnico contra atacou:“Vocês querem ouvir o que eu tenho a dizer,ou preferem bater boca comigo?”O outro técnico ainda tentou tomar a condução da palestra.Mais hostilidades: faixas com frases de efeito que estavam fixadas nas paredes foram retiradas e,uma a uma,eram levadas à frente deles.O público aplaudia e a voz do técnico ia,cada vez mais,murchando.No intervalo,engenheiros e urbanistas ligados a prefeituras diziam que o Parque atendia às metas do Ministro Carlos Minc(Meio Ambiente)em se igualar à sua antecessora,Marina Silva,uma recordista na criação de reservas ambientais.Na etapa seguinte,os técnicos deveriam responder às perguntas dos participantes,mas foram obrigados a ouvir advogados e proprietários de terra,desqualificando o projeto do Parque.Não havia propostas,apenas críticas.O clima tenso só se dissipou no final da noite quando,por exigência dos prefeitos,a Audiência foi suspensa e remarcada para fevereiro ou março

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  3. Eu, Hildo Henry Maesima, declaro minha opinião identificada, pois, sem receio de estar proclamando o que penso ser a verdade com base no bom senso, de que sou absolutamente contra a forma como o Parque Nacional Altos da Mantiqueira está sendo criado. Em outros tempos, a formação de parques nacionais se justificava ser de forma impositiva, contudo, vivemos num mundo dito democrático, com as mais severas leis ambientais do planeta. Mas hoje, nossos eleitos esqueceram do bom senso, da noção de propriedade e, baseados numa legislação torpe e parcial, aprorpiam-se do que é nosso, por esforço, para criar um mecanismo, que eles julgam ser eficente, mas que nós que já trabalhamos com parques (fui arquiteto de parques e inclusive de um Estadual e planejador ambiental de parques municipais), sabemos, que o formato parque nacional é o mais ineficiente sistema de gestão de áreas verdes, pois, nesse sistema, "congelam-se" todas as ações de uso e manejo dessas áreas. Qualquer criança da escola primária sabe que, com base nos estudos mais recentes, os sistemas participativos, com controle de ocupação zonal e com projetos de manejo são os mais eficientes. Cercar uma área, tomar do privado e torná-lo público (sem uma proposição concreta e efetiva) e ainda achar que tudo isso é para um bem comum, é no mínimo muita ingenuidade de nossos políticos. Devemos e vamos nos unir, com base na legalidade, combater esse tipo de demonstração de incompetência da administração dos recursos naturais. O mesmo país que criou a mais completa lei ambiental do mundo, não sabe sequer como administrá-la. Lamentável.

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  4. Acho que não há muito o que dizer, uma familia constroi sua vida, as vezes por gerações, com muito suor para ter sua terra, seu espaço, seu lar, e em muitos momentos com extrema burocracia para seguir as leis de um país democratico, papeis e mais papeis por exemplo para se cortar uma arvore condenada, mas dentro da lei e respeitando o meio ambiente, muita luta para se sustentar de forma legal e harmoniosa. até q um dia o poder federal, vem como um trator, e quer passar por cima de tudo, como se fosse uma terra de ninguem. Por outro lado mts terras de ninguem ilegais ficam lá em paz. Enfim, em um lugar em que mts hortos florestais ficam fechados e não recebem visitação, e onde nem se quer, ou com mt dificuldade se pode conseguir mudas para reflorestamento, vamos dizer o q? Infelizmente nossa "democracia" ainda é do poder, a liberdade do poder. e como dizia um grande clássico de George Orwell "Todos somos iguais, mas alguns são mais iguais q os outros"
    Kleberson Palma

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  5. Preservação é tudo de bom, mas com justiça é ainda melhor; devem-se pagar pelas terras o que valem comercialmente, e permitir que pessoas do bem como a Débora continuem nas terras cuidando como "rangers" e ganhando seu sustento, outros proprietários deveriam sim fazer compensação ambiental pelo desmatamento, mas tambem devem ser indenizados, como vimos em áreas da cidade de Extrema na preservação de nascentes, e sem DERSA aumentando estradas destruindo mais mata em nome do progresso.... Tudo é possivel em prol da vida Quem já é protecionista, e tem todo este cuidado com "o outro" deve ser ainda mais valorizado e preservado! Não é o que todos esperamos de copenhagem? Vamos juntos construir um planeta melhor, mas com critério, respeito e justiça. Sou pelo parque, mas quero justiça social, e porque não emocional? To contigo Debora, vamos ganhar esta! Se não houver respeito pelos seres humanos, o que estaremos querendo preservar??

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  6. Como se pode criar um parque público quando o público envolvido é contra a criação do parque?
    A decisão da criação é unilateral e portanto um ato de despotismo antidemocrático. É um retrocesso e não uma medida protetiva. Coloca a todos contra algo que, per se, deveria ser bom.

    Salve a Amazonia! Parem o desmatamento já! Da Mantiqueira cuidamos nós!
    Aliás, é fato que esta região do topo da serra tem mais mata do que originalmente possuia.

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  7. ACREDITO QUE NÃO SE PODE PREJUDICAR PROPRIETÁRIOS DE TERRAS QUE ESTÃO SENDO INCLUÍDAS NA ABRANGÊNCIA DO NOVO PARQUE ALTOS DA MANTIQUEIRA, QUE ESTEJAM PROTEGENDO ESSAS TERRAS MELHOR DO QUE O GOVERNO JAMAIS PODERIA FAZER.

    É IMPORTANTE HAVER PARQUES, SIM. É IMPORTANTE TAMBÉM PROTEGER A ORIGEM DA ÁGUA QUE SERVE O VALE DO PARAÍBA, SIM. É IMPORTANTE PROTEGER A FAUNA SILVESTRE, SIM.
    ESTES PROPRIETÁRIOS ESTÃO FAZENDO ISTO HÁ ANOS. QUE O GOVERNO OS AJUDE E LHES DÊ SUBSÍDIOS PARA CONTINUAREM, AO INVÉS DE OS ANULAR COM UMA CANETADA, PARA FICAR BEM NA FITA LÁ FORA.

    OS PARQUES DO GOVERNO JÁ INSTALADOS ESTÃO AO DEUS DARÁ.
    DE MUITOS SE DIZ QUE OS MORADORES NÃO FORAM REMANEJADOS CORRETAMENTE, INÚMEROS ESTÃO A MÍNGUA, PROPRIETÁRIOS ESPERAM HÁ MUITOS ANOS POR ALGUMA COMPENSAÇÃO.

    SEM UM ESTUDO APROFUNDADO E A ANUÊNCIA DAS ADMINISTRAÇÕES MUNICIPAIS E DOS PROPRIETÁRIOS ATINGIDOS, ASSIM COMO O CONHECIMENTO EXATO DAS DIMENSÕES QUE O "PROJETO" QUER ABRAÇAR, NÃO HÁ COMO CONCORDAR COM A CRIAÇÃO DA FORMA COMO ESTÁ SENDO CONDUZIDA, DO PARQUE NACIONAL ALTOS DA MANTIQUEIRA.

    Claudia Brunckhorst
    Santo Antônio do Pinhal - SP

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  8. De: José Gonçalves [mailto:jg@guiacampos.com]
    Enviada em: sábado, 19 de dezembro de 2009 19:16
    Para: 'Débora - Fazenda Renópolis'
    Assunto: RES: parque nacional
    Prioridade: Alta



    Débora, agradeço o envio de sua manifestação e posicionamento quanto a implantação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira.



    Tenho tomado conhecimento de alguns pormenores do projeto, porém, pretendo ainda me inteirar melhor do assunto para depois expressar o meu ponto de vista como cidadão jordanense, pois, até agora muito pouco foi detalhado.



    Entendo que um assunto tão relevante como esse, que afeta sem dúvida a vida de muitos moradores rurais, urbanos e pioneiros da Serra da Mantiqueira, muitos deles até mesmo com projetos voltados para a preservação ambiental, antes mesmo do nosso governo, ou até mesmo dos representantes de diversos países presentes à Conferência Internacional que se realiza, se preocuparem, e não deve se limitar aos “ gabinetes políticos”.



    Os autores desse projeto devem dar ainda muita explicação e detalhamento do mesmo, aos proprietários a nível nacional e principalmente a nível regional, que diretamente vierem a ser atingidos, afetando não só a vida e o “modus vivendi “ como o próprio direito à propriedade.



    É obvio que, sou contra toda e qualquer devastação, poluição ou contaminação do Meio Ambiente, mas, em um projeto desse porte, vários fatores e suas conseqüências “prós e contra” terão que ser previamente analisados.



    É um assunto que deve ser tratado com toda uma coletividade em especial com os que serão diretamente atingidos.



    José Gonçalves

    www.guiacampos.com

    jg@guiacampos.com

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  9. Quando vejo o que está acontecendo em nossas terras e em outras tantas famílias que já perderam ou irão perder suas terras para o governo, sinto uma enorme tristeza...
    Tristeza principalmente, por que amo meu País, cresci acreditando que o Brasil era um lugar maravilhoso e que um dia seria parte do 1ºMundo, que todos os brasileiros teriam orgulho de sua Nação...Sinto-me traída.
    Grita-se pela igualdade, pela justiça, pelos direitos dos cidadãos, mas o que se vê é desigualdade, injustiça...A participação pública, tão aclamada pelo governo, não passa de mera formalidade, pois o mesmo não tem se preocupado com a opinião de seu povo.
    Meu avô sempre dizia: preserve as terras que possui, pois estas, ninguém lhe tira... Será?...
    Fala-se tanto dos "sem terra", e sabemos que tantas pessoas através do MST, ganharam terras, e muitas delas, sequer haviam um dia trabalhado da roça, e agora, nosso governo quer tirar de verdadeiros produtores rurais e amantes da natureza, o seu sustento, sua filosofia de vida e deixá-los "sem terra"...Eu lhes pergunto: é justo? É isto que se chama "direitos iguais para todos"???
    Não quero o dinheiro da desapropriação (mesmo porque, creio que não irei viver tanto tempo para recebê-lo), até porque, se o quisesse, já teria vendido minhas terras há muito tempo tempo. Oferta de compra e para dinamitarmos a pedreira,nunca nos faltou... Se nossa família não amasse fervorosamente essas terras, elas não existiriam há muito...
    Choro, por ver as lágrimas escorrendo no rostinho de minha de 10 anos, por medo de perder nosso tão amado "cantinho do paraíso", como costumo dizer...
    Também não quero se egoísta. Todos que visitaram a Fezenda Renópolis, sabem que nossas portas e nossas matas estão abertas para quem quiser entrar para apreciar as belezas que Deus tão generosamente nos oferece.
    Mas ainda quero crer que nosso País tem jeito, que um dia, teremos realmente um Pais justo, digno...
    Quero crer que venceremos mais esta batalha.
    Quero crer que que não seremos punidas por preservar e amar a natureza, por fazermos a nossa parte na preservação do meio ambiente.
    Quero crer que ainda há um pouco de sensibilidade e amor no coração de nossos governates. Que Deus lhes ilumine o coração.
    Priscila Murgel - Proprietária da Fazenda Renópolis - priscilamurgel@gmail.com

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  10. Debora e Priscila

    Sou seu vizinho e coloco aqui meu apoio a vocês e surpresa com a notícia, pois não sabia de nada.
    Será que aquelas vistas do Semler, festival dos Melos etc tem alguma coisa a ver com isto? Soube que houveram muitas sondagens e um projeto de criaçã de um grande Resort perto do lageado, seria "bacana para eles terem uma super reserva ecológica em volta, ganhariam rios de dinheiro.
    Isto é apenas um comentário, me digam se estou falando besteria.

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  11. Prezada Débora

    Estive em dezembro passado em Campos do Jordão ministrando um Curso de Capacitação para Planejamento de Museus, a convite da Secretaria de Estado da Cultura e da Prefeitura. Na ocasião você era aluna do curso e soube de seu projeto: Fazer um Museu na fazenda , contando historia dos pioneiros , das famílias japonesas, da ferrovia, a partir de documentos e objetos carinhosamente guardados.
    Por isto tenho acompanhado com apreensão a situação da região e das famílias que ali habitam e me preocupo com o futuro da fazenda Renópolis .

    A decisão de criação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira é positiva, para aqueles que como você e eu acreditam ser vital estabelecer limites e definir parâmetros para a ação humana.

    Porém você já colabora e poderá vir a colaborar mais no futuro com a preservação deste Patrimônio natural , não pode ser afastada deste processo. E com a criação do Museu estará agregando a preservação da flora e fauna (Patrimônio Natural) outros valores que são ele valores culturais e históricos muito importantes para a região (o Patrimônio Cultural )

    É a dedicação de uma vida!

    Espero que as autoridades e técnicos responsáveis pela legislação e ordenação do novo parque da Mantiqueira tenham mais visão e atenção para os aspectos humanos , sociais, econômicos e culturais desta decisão ( pois a justiça não pode ver, segue a lei, como dizem é cega).

    Que façam este trabalho – sem duvida importante – dialogando, com sensibilidade, buscando soluções criativas, em colaboração com as comunidades locais. O resultado será maravilhoso !
    Conte com meu apoio no que for possível
    Ana Silvia Bloise
    Presidente do Conselho Regional de Museologia 4ª região
    www.museologo.org.br

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